As trombofilias representam alterações no sistema de coagulação sanguínea que podem impactar diretamente o desenvolvimento fetal. Segundo a Dra. Thaline Neves, essas condições, quando não identificadas e tratadas adequadamente, aumentam o risco de complicações gestacionais e comprometem o bem-estar do bebê. Com isso em mente, a seguir, veremos como essas alterações atuam e quais medidas preventivas são indicadas é essencial para uma gestação segura.
O que são trombofilias e como elas afetam a gestação?
De acordo com Thaline Neves, as trombofilias são caracterizadas por uma tendência aumentada de formação de coágulos no sangue. Essa predisposição pode ser hereditária, quando ligada a mutações genéticas, ou adquirida, associada a condições clínicas específicas. Durante a gestação, o corpo naturalmente aumenta a coagulação para prevenir hemorragias no parto. No entanto, em mulheres com trombofilias, esse processo pode se intensificar a ponto de prejudicar a circulação placentária.

Essa restrição no fluxo sanguíneo afeta diretamente a troca de nutrientes e oxigênio entre mãe e bebê. Em casos mais graves, a insuficiência placentária decorrente pode levar a complicações como crescimento intrauterino restrito, pré-eclâmpsia e até perda gestacional. Por isso, a investigação dessas condições antes ou durante a gestação é essencial.
Quais complicações fetais estão associadas às trombofilias?
Conforme destaca a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, as trombofilias estão relacionadas a diferentes complicações que podem se manifestar em fases distintas da gestação. Entre as mais observadas, estão alterações no crescimento fetal, partos prematuros e episódios de sofrimento fetal agudo. Esses problemas decorrem, em grande parte, da diminuição do aporte sanguíneo e nutricional pela placenta.
Além disso, há registros de casos em que a formação de microtrombos na circulação placentária interfere no desenvolvimento adequado dos órgãos do bebê. Logo, quando não há diagnóstico precoce, as chances de complicações aumentam significativamente. Dessa maneira, gestantes com histórico familiar ou pessoal de problemas trombóticos devem ter acompanhamento especializado desde o início.
Principais cuidados e estratégias para prevenir complicações
Quando as trombofilias são identificadas precocemente, é possível reduzir significativamente os riscos para o bebê. Entre as condutas mais recomendadas estão ajustes no acompanhamento pré-natal e, em alguns casos, o uso de medicamentos anticoagulantes. A seguir, vamos listar as principais estratégias utilizadas:
- Monitoramento frequente da gestação: acompanhamento com ultrassonografias e exames de doppler para avaliar a circulação placentária.
- Uso de terapias anticoagulantes: quando indicadas, ajudam a prevenir a formação de coágulos e manter o fluxo sanguíneo adequado.
- Controle de fatores de risco adicionais: como obesidade, sedentarismo e doenças crônicas, que podem potencializar o risco trombótico.
Essas medidas devem ser personalizadas, levando em consideração o tipo de trombofilia, o histórico da gestante e o momento da gestação, como comenta a Dra. Thaline Neves. Assim sendo, o acompanhamento multidisciplinar, com obstetra e hematologista, aumenta as chances de uma gravidez saudável.
Quando buscar acompanhamento médico especializado?
O ideal é que a investigação para trombofilias seja feita ainda no planejamento da gestação, especialmente para mulheres com histórico de eventos trombóticos ou complicações obstétricas anteriores. Durante a gravidez, qualquer alteração no crescimento fetal, sinais de hipertensão ou sintomas de sofrimento fetal requerem avaliação imediata. Segundo Thaline Neves, esse cuidado preventivo não apenas reduz riscos, mas também oferece tranquilidade à gestante e à família.
Prevenção e acompanhamento são essenciais
Em conclusão, as trombofilias representam um desafio para a saúde materno-fetal, mas, quando diagnosticadas e tratadas de forma adequada, permitem minimizar complicações graves. Dessa forma, a chave está na detecção precoce, no acompanhamento constante e na adoção de medidas personalizadas para cada gestante. Portanto, investir em informação e prevenção é garantir mais segurança para a mãe e melhores condições de desenvolvimento para o bebê.
Autor: Malvern Quarys